Na semana em que se comemorou o Dia Municipal de Combate à Tuberculose, a Fundação José Silveira (FJS), por meio do Instituto Brasileiro para Investigação da Tuberculose (IBIT), intensificou seus esforços na luta contra a doença. Ações educativas, busca ativa pelo sintomático respiratório, capacitação de profissionais e sensibilização com materiais informativos fizeram parte da programação, que aconteceu de 1º a 5 de dezembro, no auditório do IBIT, na Comunidade de Atendimento Sócioeducativo (Case Salvador) e nas comunidades do Calabar e Praça da Sé. Na ocasião, pacientes e familiares, além de colaboradores e pessoas vivendo em situação de rua tiveram acesso a informações sobre os sintomas, formas de contágio, prevenção e tratamento.
De acordo com a supervisora do IBIT, Sheila Paranhos, o tema foi abordado com leveza e ludicidade. “A tuberculose ainda é uma doença que carrega consigo um estigma e enfrenta muito preconceito. Por isso, tivemos a ideia de falar sobre o assunto de uma forma simples, mas sem deixar de transmitir a mensagem de que a tuberculose tem cura”, afirmou. Para dar o tom descontraído à programação do dia 4, data em que se comemora o Dia Municipal de Combate à Tuberculose, a equipe do IBIT fez paródias de músicas contemporâneas, e os adolescentes do Instituto Fatumbi, entidade assistida pela FJS, situada no Alto das Pombas, apresentaram uma peça teatral.

Cuidado que faz a diferença
Um dos momentos mais marcantes da ação foi o relato do paciente do IBIT, Jorge Luiz Gonçalves, 59 anos, que recebeu o diagnóstico da tuberculose em abril desse ano e, seis meses depois, estava totalmente curado. “Quando soube que estava tuberculoso, foi como se a minha vida tivesse acabado. Sou da época em que as pessoas ainda separavam os copos e pratos para não pegar a doença. Mas, aqui no IBIT, recebi todos os cuidados para hoje estar bem, e agora sei que pensar como eu pensei foi bobagem”, declarou Jorge.
Para a enfermeira do Programa de Controle da Tuberculose do IBIT, Rita Carneiro, o acolhimento ao paciente é justamente o diferencial da instituição. “A forma como o paciente é tratado aqui, desde a sua chegada até a conclusão do tratamento, é o que faz do IBIT uma unidade de referência no combate à doença”, concluiu.